Photo: Pixabay
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Qual o papel do coordenador pedagógico?

Precisamos conhecer profundamente nossa filosofia para vivenciar teoria e prática.

South American August 30, 2017

O trabalho essencial do coordenador pedagógico é interligar princípios filosóficos às práticas pedagógicas. O propósito final da Educação é restaurar no ser humano, a imagem de Deus: “Todo o saber e desenvolvimento real têm sua fonte no conhecimento de Deus” (WHITE, 2008). Assim, o objetivo da educação é promover o desenvolvimento harmônico dos educandos nos aspectos físico, mental, social e espiritual.

Nessa perspectiva, Educação é um processo integral e eterno. Deus criou o ser humano com infinitas possibilidades de aprendizagem. O método que Deus escolheu para a construção da inteligência é a interação direta com Ele, e não a autoconstrução ou construção pela ação. Se o ser humano só interagir com o objeto, sem Deus, o desenvolvimento intelectual é finito, e as capacidades limitadas. De acordo com White (2008): “A mente humana é colocada em comunhão com a mente divina, o finito com o infinito. O efeito de tal comunhão está além de toda estimativa” (p.14).

Transferir a filosofia educacional para o cotidiano escolar é tarefa de toda a equipe escolar, mas cabe ao coordenador pedagógico orientar, dialogar, partilhar e guiar o processo educativo.

Na Escola Adventista, é a filosofia e não o contexto que determina a escolha metodológica. A ação reflexiva do coordenador pedagógico sobre a prática deve tornar os participantes do processo educativo conscientes e responsáveis. Seu desafio é alinhar o planejamento, selecionar métodos que promovem o raciocínio e diversificar as formas de interação.

Precisamos conhecer profundamente nossa filosofia para vivenciar teoria e prática. No processo de análise,  podemos olhar para o currículo e perguntar: Qual é a filosofia que embasa minhas atividades, projetos, tarefas ou avaliações em sala de aula? Redirecionar toda ação escolar à filosofia nos dá certeza do caminho a percorrer. A reflexão permanente fundamenta a coerência entre filosofia e prática, propicia a formação continuada e vivencia de princípios e valores.

REFERÊNCIAS

MENDEL, C. R. M. A. Projeto político-pedagógico: construção e elaboração na escola. Campinas: Autores Associados, 2008. (Coleção Educação Contemporânea)

SILVA JR.; C.A.; RANGEL M. Nove olhares sobre a supervisão. Campinas: Parirus, 2004.

WHITE, E. G. Conselhos a professores, pais e estudantes. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007.

______. Educação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008.

______. Obreiros evangélicos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007.


Nota: Artigo escrito e postado em Português

Author

Suzete Maia

Suzete Araujo Aguas Maia, é doutorando do curso Distúrbios do Desenvolvimento, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, mestre em Educação pelo UNASP, campus Engenheiro Coelho, Brasil, concluiu especialização em Didática e Prática de ensino, Suíça, atuou como professora, coordenadora pedagógica, gestora escola e atualmente é a Diretora de Graduação do UNASP, campus Hortolandia. Trabalha há 22 anos na Educação Adventista. 

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