Metodologias ativas e a geração “Z”

É preciso inverter os papéis e incluir o aluno como agente da educação, de forma planejada, para que ele tenha domínio dos processos educativos.

South American October 23, 2019

É notável que muitas mudanças têm ocorrido e em grandes proporções nos tradicionais processos educacionais. A chamada geração “Z”, dos nascidos entre 1990 e 2010, apresenta algumas características que necessitam destaque para entendermos o comportamento dos alunos que encontramos em sala de aula:

  • Acham desnecessárias as formas de educação formal;
  • Aprendem de maneiras múltiplas;
  • Têm tendências a construírem carreiras flexíveis;
  • São nativos digitais;
  • Buscam desafios e não se prendem por muito tempo a um determinado assunto;
  • São multifocais e buscam diversas informações;
  • Tem atenção dividida em várias possibilidades, assim eles têm melhor desempenho.

Observamos que pelas características acima citadas temos um grande desafio. Diante disso, precisamos refletir sobre as seguintes questões:

  • Como os professores podem atuar diante de tais características, visto que fica evidente que o processo de aprendizagem atual, destes indivíduos, está completamente fora dos moldes tradicionais?
  • Como tornar a aula atrativa para esse grupo de indivíduos?

As respostas estão na mudança da postura docente. Os alunos não têm as mesmas características dos das gerações passadas e, por isso, precisamos adequar-nos a essa realidade. Temos 7.5 bilhões de habitantes no mundo e 3,6 bilhões são internautas. Os conectados correspondem a 47% da população mundial.

Isso prova como é importante como professores explorarmos mais as ferramentas digitais nos nossos planejamentos e na sala de aula. Nesse contexto, nossos alunos não são somente receptores de conteúdos expositivos em aulas verbais, em que o professor é o centro de todo conhecimento. É preciso inverter os papéis e incluir o aluno como agente da educação, de forma planejada, para que ele tenha domínio dos processos educativos.

Diante desta nova “ordem educacional”, as metodologias ativas são ferramentas que, de alguma forma, precisam ser inseridas no processo de ensino x aprendizagem. Assim:

  • O professor não é mais um transmissor, ele é um facilitador.
  • O aluno não é mais receptor, ele é um colaborador.

Aluno e educador devem compartilhar antecipadamente o conteúdo a ser abordado, e existem algumas formas de introduzir o processo ativo educacional na nossa realidade.

  • O processo de aprendizagem do aluno sempre deve ter a orientação do educador;
  • O processo de ensino deve ser personalizado de acordo com cada realidade e estas precisam ser consideradas no processo educacional;
  • Incluir recursos que potencializem e facilitem os processos educativos;
  • Estimular o aluno autodidata.

A flipped classroom, sigla em inglês para “sala de aula invertida”, é uma metodologia muito interessante, porque estimula o aluno a ter hábitos de estudo procurando o conhecimento sozinho. O professor é um mediador que orientará em sala, de forma coletiva, o conhecimento adquirido pelos alunos e a transmissão deste conhecimento em conjunto.

Cada aluno, cada turma, cada professor tem características específicas que o tornam especiais. As metodologias ativas têm como objetivo proporcionar o alinhamento desses interesses, preferências e ritmos de aprendizagem.

Como podemos incluir essas novas metodologias em sala de aula para proporcionar uma melhor aprendizagem dos nossos alunos?

Author

Laura Auar

Pós-graduada em Gestão e Administração Escolar, atua como professora de Geografia há mais de 11 anos e há 5 anos na Rede Adventista. Atualmente trabalha no Colégio Adventista de Niterói e no Colégio Adventista de Botafogo, no Brasil, nos níveis de Ensino Fundamental II e Ensino Médio.

    1 comments

  • | November 4, 2019 at 8:47 pm

    Buen artículo, me gustaría profundizar

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